Carta de paz

CARTAS DE PAZ E CONSOLAÇÃO -17/06/2025

Me compra isso! —gritou o menino, apertando um pacote de batata frita nas mãos.

A mãe, cansada e com o rosto vermelho de vergonha, cedeu:

—Tá bom, meu filho… —disse baixinho.

O menino sorriu, vitorioso. Atrás do balcão, a atendente, uma mulher mais velha, observava a cena, surpresa.

—Desculpa me meter, senhora… mas os filhos não aprendem quando a gente dá tudo de mão beijada. Eles aprendem com o que lhes falta.

A mãe olhou para ela, confusa.

—Os filhos precisam de asas, não de prêmios toda vez que choram. Se damos tudo pronto, eles não aprendem a se virar. É preciso ensinar a esperar, a errar, a suportar um “não”.

A mãe apenas balançou a cabeça, em silêncio. Mas aquelas palavras ficaram ecoando dentro dela.

O menino, então, se aproximou novamente e ordenou:

—Me dá seu celular. Agora. Quero jogar.

A mãe franziu a testa. Estava cansada, nervosa, quase desistiu… mas, dessa vez, respirou fundo e disse:

—Não, meu amor. Hoje não.

O menino arregalou os olhos, atirou o pacote no chão e se jogou, chorando, esperneando, gritando. A mãe ficou parada. Observou, mas não brigou, não discutiu. Apenas esperou.

Alguns minutos se passaram. O menino, percebendo que ninguém cedia, foi se acalmando. O choro virou soluço. Ele se levantou sozinho, rosto vermelho, olhos molhados, mas em silêncio.

A mãe respirou fundo. Não foi fácil. Mas conseguiu. Aproximou-se dele:

—Nem sempre você vai ter o que quer. Mas eu sempre vou estar aqui pra te ajudar a crescer.

Depois, pegou sua mão e agradeceu à atendente pelo conselho.

Não confunda amor com atender a todos os caprichos dos seus filhos. Dizer “sim” sempre só faz mal. Quando você cede a um escândalo, ensina que eles podem ter tudo sem esforço, sem respeito e sem limites. Isso não é mor — é abrir caminho para dificuldades maiores.

Os limites são necessários. São eles que preparam as crianças para o mundo real, que nem sempre é justo ou fácil. Se não aprenderem a ouvir um “não” quando pequenos, a vida vai ensinar… e vai doer bem mais.

Colocar regras, negar um pedido e suportar a birra é difícil, sim, mas é isso que fortalece, dá segurança e autonomia. É isso que faz crescer seres humanos capazes e responsáveis.

Não dê tudo fácil. Não proteja do choro e da frustração. Isso não cria asas, só cria fragilidade. Amar de verdade é pôr limites — mesmo quando dói — porque é assim que se constrói coragem para voar. (Autor desconhecido achei interessante resolvi puplicar)

 

Jose Augusto Lara Formado em contabilidade e Faculdade de Administração Empresas escrevo a cada quinzena artigos variados e atuais.

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